Documentos do Ministério da Saúde, datados de 29 de junho e 6 de outubro, mostram que a pasta usou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para a produção de 4 milhões de comprimidos de cloroquina, com o emprego de recursos públicos emergenciais voltados a ações contra a Covid-19.
Os documentos mostram, ainda, a produção de cloroquina e também de fosfato de oseltamivir (o Tamiflu) pela Fiocruz, com destinação a pacientes com Covid-19. Os dois medicamentos não têm eficácia comprovada contra a doença, segundo estudos.
O dinheiro que financiou a produção partiu da Medida Provisória (MP) nº 940, editada em 2 de abril pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o enfrentamento de emergência do novo coronavírus, como consta nos dois documentos enviados pelo Ministério da Saúde ao Ministério Público Federal (MPF) em Brasília. A MP abriu um crédito extraordinário, em favor do ministério, no valor de R$ 9,44 bilhões. Destes, R$ 457,3 milhões foram destinados para a Fiocruz.
Fonte: A Tarde
Foto: Marcelo Casal Jr | Agência Brasil