Ministério da Saúde foi alertado 7 vezes sobre escassez de medicamentos para intubação

 

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O Ministério da Saúde recebeu, de maio a julho de 2020, sete alertas sobre a escassez de medicamentos usados na intubação de pacientes com Covid-19, como sedativos, anestésicos e bloqueadores musculares.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, que teve acesso aos documentos, os quais detalham os alertas ao ministério, o primeiro lote dos documentos é composto por 7 ofícios enviados pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde). Além dos alertas, eles contêm pedidos de ajuda e detalham o consumo médio mensal dos estados e os estoques de cada unidade da Federação.

Os restantes dos documentos fazem parte dos que foram entregues ao Ministério Público Federal (MPF). Uma planilha mostra as entregas feitas de junho de 2020 e janeiro de 2021. Com isso, a reportagem verificou que, mesmo com os alertas, a Saúde providenciou de 3,5% a 5,7% do consumo médio mensal dos estados.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que a grande demanda mundial comprometeu a oferta. “Desde setembro de 2020, o ministério acompanha, semanalmente, a disponibilidade dos medicamentos de intubação em todo o Brasil e envia informações da indústria e distribuidores para que Estados possam realizar as aquisições”, afirmou a pasta.

Fonte: A Tarde

Foto: Cristophe Simon / AFP